sexta-feira, 29 de maio de 2009
O Fim do Mundo?
Pelo menos do mundo Java como nós o conhecemos. O novo garbage collector do Java, o G1, só pode ser usado em ambiente de produção devidamente licenciados. Dá-lhe Oracle, nem a Microsoft fez disso com o C# e o .Net.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Eclipse
O Eclipse, IDE para C/C++/Java/you name it, não podia ter nome mais adequado: algo que lembra escuridão total, trevas e, nos tempos mais antigos, maus presságios e desespero. ô ambiente ruim de usar. Incluir um arquivo já existente é contra-intuitivo pacas. E nem sei aonde especifica as libs externas de um projeto para o g++. Seja lá quem planejou a interface do Eclipse, deve ser alguém esquisito.
sábado, 23 de maio de 2009
Railfaning
Hoje tirei o dia para desempoeirar a maquete escala N (1:160) com o Angelo e a Bia. Além de tirar algumas fotos antes do desmanche, já que em Julho eu devo fazer outra para corrigir erros e para me livrar da parte que mofou depois de uma chuva. Foram as primeiras fotos com uma câmera com foco manual (que eu comprei por causa disso mas nunca tinha usado). O resultado é bem melhor do que com foco automático em modo macro, só falta uma maquete com cenário melhor do que essa feitas as pressas, só pra acabar antes de ir para o doutorado (isso em 2001).
Além do tripé, o básico nestas horas são três ajustes:
Para começar, essa foto em particular seria difícil de conseguir numa câmera com foco automático em modo macro. Difícil porque não tem como fazer as duas locomotivas saírem focadas simultaneamente. Com a menor abertura do diafragma os detalhes de fundo são bem visíveis, numa câmera "normal" eles seriam borrados.
Nessa segunda foto o foco pegou tanto os trilhos como a locomotiva. Com foco automático teria se concentrado no nariz da locomotiva, deixando o resto borrado.
Nessa a distância da câmera em relação ao modelo atrapalhou um pouco, de forma que nem a abertura do diafragma resolveu muito. Nota mental: 3 ou 4 cm a mais de distância fazem diferença.
Nessa última foto, as três linhas aparecem nítidas, além dos detalhes das locomotivas (numeração e nome). Um fator que colabora com isso é a distância da câmera em relação aos modelos, maior que na foto anterior, mesmo as árvores no fundo estão com um foco bom.
Além do tripé, o básico nestas horas são três ajustes:
- Abertura do diafragma (f/steps): controla a quantidade de luz no sensor/filme. Quanto menos luz, maior a profundidade da cena (o fundo sai mais nítido). Nota: a menor abertura é a que aparece o maior valor, no meu caso 8.0 (máquina SLR chega a 32).
- Tempo de exposição: para compensar a redução de luz, tem que bater a foto com o obturador aberto por mais tempo. O valor depende da luz ambiente e do que vai se tirar a foto, mas em miniaturas não espere menos de 1/3 de segundo de exposição (e um tripé para ficar firme nessas horas).
- Foco: o ajuste de foco manual permite focar um ponto da cena, independente dele não ser o detalhe principal da foto. Isso uma point'n'shoot não consegue fazer mesmo e, a não ser que o elemento fotografado em macro esteja na perpendicular da câmera, o resultado não sai bom.
Para começar, essa foto em particular seria difícil de conseguir numa câmera com foco automático em modo macro. Difícil porque não tem como fazer as duas locomotivas saírem focadas simultaneamente. Com a menor abertura do diafragma os detalhes de fundo são bem visíveis, numa câmera "normal" eles seriam borrados.
Nessa segunda foto o foco pegou tanto os trilhos como a locomotiva. Com foco automático teria se concentrado no nariz da locomotiva, deixando o resto borrado.
Nessa a distância da câmera em relação ao modelo atrapalhou um pouco, de forma que nem a abertura do diafragma resolveu muito. Nota mental: 3 ou 4 cm a mais de distância fazem diferença.
Nessa última foto, as três linhas aparecem nítidas, além dos detalhes das locomotivas (numeração e nome). Um fator que colabora com isso é a distância da câmera em relação aos modelos, maior que na foto anterior, mesmo as árvores no fundo estão com um foco bom.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Controle Total
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Se o Miyazaki fizesse um estúdio de jogos ...
... o estúdio seria o Team Ico. E o seu próximo jogo seria o do vídeo abaixo.
Seja lá como este terceiro jogo venha a se chamar, ele explora a colaboração entre duas partes unidas pelo destino. Se o Ico para PS2 já era muito bom, com um hardware simples, imagino o que vai ser desse novo jogo no PS3.
Seja lá como este terceiro jogo venha a se chamar, ele explora a colaboração entre duas partes unidas pelo destino. Se o Ico para PS2 já era muito bom, com um hardware simples, imagino o que vai ser desse novo jogo no PS3.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Stop the Press
O meu lado retro-gamer está contente hoje. O trailer do Y's I & II Chronicles está de matar. Quando sai uma data para o lançamento ocidental?
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Control
Se tem uma banda que eu curto muito, essa banda é o New Order. E é impossível você gostar de New Order sem ao menos ficar com as músicas do Joy Division na cabeça, ou também ficar fã da banda como é o meu caso. Se isso diz alguma coisa pra você, largue tudo e pegue o DVD de Control, a biografia do vocalista da banda, Ian Curtis.
Mais revelador do que qualquer entrevista do New Order e baseado na biografia da esposa do Ian, a Debbie Curtis, o filme mostra dos primórdios da banda ao fim trágico em 18 de Maio de 80, antes da turnê americana da banda. Assistir ao DVD valeria a pena só pela trilha sonora provida pela própria banda, material de primeira, só que não fica só nisso. O suicídio do Ian sempre foi um tabu para o New Order e o filme deixa claro um sentimento de culpa do resto da banda original. Culpa ao não perceber os sinais claros de que o suicídio do Ian era uma possibilidade concreta, o que foi deixado de lado devido ao fato dos problemas pessoais do Ian (esposa+amante+epilepsia+depressão) estarem afetando a banda.
Apresentado em preto e branco, o filme captura o movimento pós-punk inglês acentuando o céu nublado da Inglaterra, tornando o ambiente ainda mais opressivo, perfeitamente acolhedor para os tons pesados das músicas do Joy Division. Também é o ambiente pefeito para contar a história de alguém que, ao invés de pedir ajuda, escolheu terminar tudo abruptamente.
O legado do Joy Division é inquestionável, mas o que seria da banda se o Ian Curtis não tivesse cometido o suicídio é a pergunta que nunca vai calar. Isso explica a insistência do New Order em manter como tabu o assunto Ian Curtis, ou eles nunca teriam conseguido superar as suas origens e se manter tantos anos na ativa.
Mais revelador do que qualquer entrevista do New Order e baseado na biografia da esposa do Ian, a Debbie Curtis, o filme mostra dos primórdios da banda ao fim trágico em 18 de Maio de 80, antes da turnê americana da banda. Assistir ao DVD valeria a pena só pela trilha sonora provida pela própria banda, material de primeira, só que não fica só nisso. O suicídio do Ian sempre foi um tabu para o New Order e o filme deixa claro um sentimento de culpa do resto da banda original. Culpa ao não perceber os sinais claros de que o suicídio do Ian era uma possibilidade concreta, o que foi deixado de lado devido ao fato dos problemas pessoais do Ian (esposa+amante+epilepsia+depressão) estarem afetando a banda.
Apresentado em preto e branco, o filme captura o movimento pós-punk inglês acentuando o céu nublado da Inglaterra, tornando o ambiente ainda mais opressivo, perfeitamente acolhedor para os tons pesados das músicas do Joy Division. Também é o ambiente pefeito para contar a história de alguém que, ao invés de pedir ajuda, escolheu terminar tudo abruptamente.
O legado do Joy Division é inquestionável, mas o que seria da banda se o Ian Curtis não tivesse cometido o suicídio é a pergunta que nunca vai calar. Isso explica a insistência do New Order em manter como tabu o assunto Ian Curtis, ou eles nunca teriam conseguido superar as suas origens e se manter tantos anos na ativa.
domingo, 10 de maio de 2009
DIY
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Nerd com orgulho?
Lembro que quando eu era adolescente, ser chamado de nerd era ofensa. Das piores. Hoje isso virou sinônimo de cool. Passando no Shopping Jardim das Américas vi um cartaz de um evento de Star Trek que teve no sábado. Me arrependi de não ter tirado foto dele por causa de um patrocinador, o Nerd Curitibano, quando a Melissa comentou de que devia ter página na internet. E eis que tem. Com vocês, o Nerd Curitibano.
Pio, era o motivo que faltava para você vir de mala e cuia para Curitiba :).
Comentário nerd: imagem trabalhada para o blog no Gimp :P. Se for o feijão com arroz, vai fácil.
Pio, era o motivo que faltava para você vir de mala e cuia para Curitiba :).
Comentário nerd: imagem trabalhada para o blog no Gimp :P. Se for o feijão com arroz, vai fácil.
domingo, 3 de maio de 2009
Linux vs Windows
Algumas considerações depois de alguns dias usando o Linux primariamente. Decidi inclusive usar uma partição maior e, no processo, acabei me rendendo ao eye candy (tá, boiolice mesmo) do Gnome e coloquei o Ubuntu 9.04 (o Jaunty Jackalope). Vou separar em seções pelo uso do sistema e aplicativos disponíveis, já que não faz sentido comparar um sistema com o outro diretamente.
Internet - o Firefox no Linux comporta-se, como esperado, igual ao do Windows. O maior problema foi instalar o plugin do Flash 10, já que instalei a versão 64 bits e precisou um script para usar o plugin 32 bits nele. Me espanta a Adobe não disponibilizar uma versão 64 bits, mas tudo bem. Uma vantagem é a integração com o sistema de dicionários do Linux para a correção de textos, como o que estou digitando agora. Como não é Microsoft, eu posso instalar quantos dicionários eu quiser e trocar em qualquer momento. Por fim, o uso de BitTorrent vai bem, não tão bem acabado como usando o uTorrent no Windows, que estranhamente não tem versão Linux, mas não tenho do que reclamar (até agora) do Transmission e do Deluge. No geral, ponto para o Linux.
Multimídia - funciona muito bem para reproduzir música e vídeo. Não tive problemas maiores com os arquivos e, francamente, o player padrão, o Totem, baseado no GStreamer, procura Codec automaticamente, o que é uma mão na roda. Música só estou contente porquê compilei o XMMS, um programa descontinuado que é clone do Winamp. Não que o player padrão seja ruim assim, mas odeio gerenciadores de coleção de mídia quando eu quero só ouvir música. No quesito compartilhamento UPnP com o PS3 funcionou bem usando o MediaTomb. Só deu encrenca na hora de manter um único banco de dados para todos os usuários, mas se fosse só para mim, não teria tido nenhum stress. Empate técnico.
Jogos - aí o bicho pega e vou direto ao ponto: se você quer jogar e usar Linux, melhor é comprar um videogame para isso. Nativo para Linux tem pouca coisa, então não dá para viver de Linux e jogos como no Windows. Testei algumas coisas no Wine, o emulador free de Windows, e "funcionou". Entre aspas porquê teve perda de desempenho no processo, mas no geral funciona. Talvez com uma máquina melhor rodasse mais suavemente, mas como estou comparando o desempenho na própria máquina em que rodo os mesmos jogos, o Linux ficou devendo. Ponto pro Windows.
Suporte a Hardware - nos últimos anos as distribuições do Linux melhoraram e muito. Hoje qualquer salsinha instala o sistema em casa com tudo funcionando de primeira. Reconheceu a impressora USB só de ligar. A minha única encrenca é com o suporte à minha placa de vídeo, uma Radeon 9800 Pro, descontinuado pela ATI no driver oficial do XOrg. Então tenho que me virar com o driver open source (talvez por isso os jogos fiquem mais lentos), que dá aulguns bugs visuais estranhos com o Google Earth. Empate técnico.
Uso de Dispositivos USB - pendrive e o PSP foram que é uma beleza. Reconheceu o celular na boa (até o modem de dados dele) e tem um programinha free bem bacana que até instala aplicativo Java, uma mão na roda para desenvolvedores. Não coloquei a máquina fotográfica ainda, mas não vejo porquê daria pau. Empate técnico.
Edição Gráfica - bom, em programas gráficos não tem muito o que reclamar. O Gimp é o padrão de fato para Linux e não deve muito a outros programas. Dito isto, vale lembrar que a interface dele é horrível e nada intuitiva se comparado com programas tão poderosos e bem mais simples, como o PaintShop Pro (que eu tenho original para Windows por sinal). Mas em termos de possibilidade de trabalho, está aí (ou então dá-lhe Wine). Tem programas vetoriais e outros, então, até agora um empate técnico.
Pacote Office - depois de acesso a internet, o segundo maior uso da máquina. A comunidade de software livre deveria dar graças a Deus do monopólio da Microsoft no Windows, porquê só assim um pacote medonho como o StarOffice sairia dos seus primórdios (sim, era horrível aquilo no início) e chegaria a um concorrente a altura do Office da Microsoft na versão OpenOffice. Tive alguns problemas com apresentações, mas como a idéia aos poucos é mudar o pacote completamente e usar o formato nativo, sem stress. Empate técnico.
Programas para Ferreomodelismo - sim, um dos meus (muitos) hobbies é construir maquetes de trem (aliás, desencavei o que restou da maquete N após a mudança) e, claro, tem que ter software para isso. Existe um editor de maquetes open source para Linux e Windows, o XtrkCad, além de poder rodar o 3rd PlanIt no Wine. Tem muita coisa de controle open source em Java, então empate técnico em ambas plataformas.
Peso do sistema - aqui vou evitar comparar com o Windows XP, de 8 anos atrás que roda super bem até em netbook e focar no Vista, o sistema mais recente (e pesado da Microsoft). Em termos visuais e funcionais, o Gnome 2.26.1 não deve nada ao Vista, pessoalmente achei o sistema mais dinâmico e atraente do que o Aero da Microsoft. Como no Vista, o sistema base a a interface comem uma memória razoável e o meu 1GB de RAM deixa isso claro. Como o gerenciamento de memória do Linux é muito superior ao do Windows, a balança pende para o lado do Tux. Ponto para o Linux. Mas se fosse comparar com o XP, seria empate.
Instalação - não importa se você instala o XP ou o Vista, ele leva um bom tempo instalando, configurando zilhões de coisas para que no final, ele ainda gaste mais tempo baixando centenas de MBs de atualizações. Nisso o Linux mudou pouco nos últimos anos, a instalação é infinitamente mais rápida que no Windows. Em menos de 40 minutos você tem um sistema pronto para rodar e atualizado, graças, principalmente, às atualizações frequentes das distribuições e de um instalador eficiente. E olha que hoje em dia demora bem mais, já que pra carregar o Xorg no instalador gráfico é uma "gracinha" que leva quase 3 minutos. Ainda assim, ponto para o Linux.
Imposto de Renda - o Linux seria inútil no Brasil se não desse para declarar o imposto de renda nele. E a receita federal colabora ao fazer os seus programas em Java, rodando até em Mac OS. Empate técnico.
Desenvolvimento Java - tem o JDK, Netbeans e, para os que gostam (eu certamente não), o Eclipse. Ao contrário do Mac OS, dá para fazer aplicação para celular com suporte à J2ME, então nesse aspecto do meu trabalho não tenho o que reclamar. Empate técnico.
Desenvolvimento C/C++ - deixei por último o ponto mais sensível, já que é o único que justifica eu manter uma partição de 70GB para o Windows (além dos jogos). Não existe e não tenho a menor esperança de que vá surgir uma IDE tão completa como o Visual Studio para o Linux. Nem paga, quem dirá de graça. Até ficaria satisfeito com um depurador que fizesse o feijão com o arroz do Visual Studio, mas nem o ddd, que é tido como o melhor depurador gráfico do Linux, consegue sequer dar um passo nessa direção. Trabalhei o meu doutorado inteiro no Linux, programei em cluster Beowulf e sofri com a falta de ferramentas boas no sistema, então sei muito bem do que eu falo. Dá para sobreviver no Linux, mas enquanto o Visual Studio não rodar no Wine, ponto para o Windows.
Se cada um desses itens tivesse o mesmo peso, o Linux ganharia com uma pequena vantagem. Somado ao fato dele não ter custo de licença e ser bastante estável, diria que a transição não me deu prejuízo nenhum e valeu a pena. A única coisa que é BASTANTE importante NO MEU CASO que eu não consegui no Linux foi um ambiente bom de desenvolvimento C/C++, com um depurador visual excepcional como o Visual Studio, que tem versão gratuita (a Express) para o Windows. Enquanto não tiver um depurador C/C++ à altura para o Linux, o Windows ainda fica no HD. Para Java é mamão com açúcar com o Netbeans.
Agora, eu já pensava nisso antes, mas está começando a ficar preocupante: logo, logo eu tenho que fazer um upgrade na máquina :(.
Internet - o Firefox no Linux comporta-se, como esperado, igual ao do Windows. O maior problema foi instalar o plugin do Flash 10, já que instalei a versão 64 bits e precisou um script para usar o plugin 32 bits nele. Me espanta a Adobe não disponibilizar uma versão 64 bits, mas tudo bem. Uma vantagem é a integração com o sistema de dicionários do Linux para a correção de textos, como o que estou digitando agora. Como não é Microsoft, eu posso instalar quantos dicionários eu quiser e trocar em qualquer momento. Por fim, o uso de BitTorrent vai bem, não tão bem acabado como usando o uTorrent no Windows, que estranhamente não tem versão Linux, mas não tenho do que reclamar (até agora) do Transmission e do Deluge. No geral, ponto para o Linux.
Multimídia - funciona muito bem para reproduzir música e vídeo. Não tive problemas maiores com os arquivos e, francamente, o player padrão, o Totem, baseado no GStreamer, procura Codec automaticamente, o que é uma mão na roda. Música só estou contente porquê compilei o XMMS, um programa descontinuado que é clone do Winamp. Não que o player padrão seja ruim assim, mas odeio gerenciadores de coleção de mídia quando eu quero só ouvir música. No quesito compartilhamento UPnP com o PS3 funcionou bem usando o MediaTomb. Só deu encrenca na hora de manter um único banco de dados para todos os usuários, mas se fosse só para mim, não teria tido nenhum stress. Empate técnico.
Jogos - aí o bicho pega e vou direto ao ponto: se você quer jogar e usar Linux, melhor é comprar um videogame para isso. Nativo para Linux tem pouca coisa, então não dá para viver de Linux e jogos como no Windows. Testei algumas coisas no Wine, o emulador free de Windows, e "funcionou". Entre aspas porquê teve perda de desempenho no processo, mas no geral funciona. Talvez com uma máquina melhor rodasse mais suavemente, mas como estou comparando o desempenho na própria máquina em que rodo os mesmos jogos, o Linux ficou devendo. Ponto pro Windows.
Suporte a Hardware - nos últimos anos as distribuições do Linux melhoraram e muito. Hoje qualquer salsinha instala o sistema em casa com tudo funcionando de primeira. Reconheceu a impressora USB só de ligar. A minha única encrenca é com o suporte à minha placa de vídeo, uma Radeon 9800 Pro, descontinuado pela ATI no driver oficial do XOrg. Então tenho que me virar com o driver open source (talvez por isso os jogos fiquem mais lentos), que dá aulguns bugs visuais estranhos com o Google Earth. Empate técnico.
Uso de Dispositivos USB - pendrive e o PSP foram que é uma beleza. Reconheceu o celular na boa (até o modem de dados dele) e tem um programinha free bem bacana que até instala aplicativo Java, uma mão na roda para desenvolvedores. Não coloquei a máquina fotográfica ainda, mas não vejo porquê daria pau. Empate técnico.
Edição Gráfica - bom, em programas gráficos não tem muito o que reclamar. O Gimp é o padrão de fato para Linux e não deve muito a outros programas. Dito isto, vale lembrar que a interface dele é horrível e nada intuitiva se comparado com programas tão poderosos e bem mais simples, como o PaintShop Pro (que eu tenho original para Windows por sinal). Mas em termos de possibilidade de trabalho, está aí (ou então dá-lhe Wine). Tem programas vetoriais e outros, então, até agora um empate técnico.
Pacote Office - depois de acesso a internet, o segundo maior uso da máquina. A comunidade de software livre deveria dar graças a Deus do monopólio da Microsoft no Windows, porquê só assim um pacote medonho como o StarOffice sairia dos seus primórdios (sim, era horrível aquilo no início) e chegaria a um concorrente a altura do Office da Microsoft na versão OpenOffice. Tive alguns problemas com apresentações, mas como a idéia aos poucos é mudar o pacote completamente e usar o formato nativo, sem stress. Empate técnico.
Programas para Ferreomodelismo - sim, um dos meus (muitos) hobbies é construir maquetes de trem (aliás, desencavei o que restou da maquete N após a mudança) e, claro, tem que ter software para isso. Existe um editor de maquetes open source para Linux e Windows, o XtrkCad, além de poder rodar o 3rd PlanIt no Wine. Tem muita coisa de controle open source em Java, então empate técnico em ambas plataformas.
Peso do sistema - aqui vou evitar comparar com o Windows XP, de 8 anos atrás que roda super bem até em netbook e focar no Vista, o sistema mais recente (e pesado da Microsoft). Em termos visuais e funcionais, o Gnome 2.26.1 não deve nada ao Vista, pessoalmente achei o sistema mais dinâmico e atraente do que o Aero da Microsoft. Como no Vista, o sistema base a a interface comem uma memória razoável e o meu 1GB de RAM deixa isso claro. Como o gerenciamento de memória do Linux é muito superior ao do Windows, a balança pende para o lado do Tux. Ponto para o Linux. Mas se fosse comparar com o XP, seria empate.
Instalação - não importa se você instala o XP ou o Vista, ele leva um bom tempo instalando, configurando zilhões de coisas para que no final, ele ainda gaste mais tempo baixando centenas de MBs de atualizações. Nisso o Linux mudou pouco nos últimos anos, a instalação é infinitamente mais rápida que no Windows. Em menos de 40 minutos você tem um sistema pronto para rodar e atualizado, graças, principalmente, às atualizações frequentes das distribuições e de um instalador eficiente. E olha que hoje em dia demora bem mais, já que pra carregar o Xorg no instalador gráfico é uma "gracinha" que leva quase 3 minutos. Ainda assim, ponto para o Linux.
Imposto de Renda - o Linux seria inútil no Brasil se não desse para declarar o imposto de renda nele. E a receita federal colabora ao fazer os seus programas em Java, rodando até em Mac OS. Empate técnico.
Desenvolvimento Java - tem o JDK, Netbeans e, para os que gostam (eu certamente não), o Eclipse. Ao contrário do Mac OS, dá para fazer aplicação para celular com suporte à J2ME, então nesse aspecto do meu trabalho não tenho o que reclamar. Empate técnico.
Desenvolvimento C/C++ - deixei por último o ponto mais sensível, já que é o único que justifica eu manter uma partição de 70GB para o Windows (além dos jogos). Não existe e não tenho a menor esperança de que vá surgir uma IDE tão completa como o Visual Studio para o Linux. Nem paga, quem dirá de graça. Até ficaria satisfeito com um depurador que fizesse o feijão com o arroz do Visual Studio, mas nem o ddd, que é tido como o melhor depurador gráfico do Linux, consegue sequer dar um passo nessa direção. Trabalhei o meu doutorado inteiro no Linux, programei em cluster Beowulf e sofri com a falta de ferramentas boas no sistema, então sei muito bem do que eu falo. Dá para sobreviver no Linux, mas enquanto o Visual Studio não rodar no Wine, ponto para o Windows.
Se cada um desses itens tivesse o mesmo peso, o Linux ganharia com uma pequena vantagem. Somado ao fato dele não ter custo de licença e ser bastante estável, diria que a transição não me deu prejuízo nenhum e valeu a pena. A única coisa que é BASTANTE importante NO MEU CASO que eu não consegui no Linux foi um ambiente bom de desenvolvimento C/C++, com um depurador visual excepcional como o Visual Studio, que tem versão gratuita (a Express) para o Windows. Enquanto não tiver um depurador C/C++ à altura para o Linux, o Windows ainda fica no HD. Para Java é mamão com açúcar com o Netbeans.
Agora, eu já pensava nisso antes, mas está começando a ficar preocupante: logo, logo eu tenho que fazer um upgrade na máquina :(.
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