domingo, 23 de maio de 2010

Brincadeiras em 3D

Hoje resolvi dar uma de" James Cameron do Uberaba" e finalizei alguns testes de imagem em 3D. Claro, como não tenho uma placa 3D Vision da nVidia (e nem pretendo ter tão cedo), brinquei com óculos anaglíficos (o com lente vermelha e azul). Claro, o resultado ficou bem longe de um Avatar ou Alice, mas para algo feito sem maiores compromissos e usando uma câmera digital normal, ficou mais do que bom. Se tiver um desses óculos em casa (ou empenho em fazer um), pode testar na imagem abaixo.


O interessante é que não importa a técnica usada na visualização (no meu caso, os óculos anaglíficos), a captura da imagem 3D é a mesma. Então, essa técnica também serve para gerar conteúdo para as placas 3D Vision ou TVs 3D que vão começar a pipocar no mercado logo, logo. Por isso o meu interesse na técnica e, quem sabe, na aquisição de 2 webcams xing ling para fazer vídeos teste. Inclusive o próprio You Tube tem suporte a vídeo 3D, convertendo na hora para o seu método de visualização. Tem uma explicação bem completa de como funciona imagem 3D aqui, então evito repetir o que já tem em outro lugar.

O mais difícil é acertar a(s) câmera(s) para simular o olho humano. Disso depende o que está sendo focado, a distância, etc. O macete é simular a convergência dos olhos em um objeto de interesse (se você testou com õculos a foto, percebeu que tem que focar para ver o efeito 3D). Assim, não basta distanciar uma lente da outra, é preciso também fazer com que uma delas cruze o foco de visão da outra no ponto em que queremos focar.

Gerar a imagem 3D final é fácil, basta aplicar uma máscara ciano na imagem da direita, e uma vermelha na imagem da esquerda. Tem um plugin do Gimp que faz isso direto, que eu usei no teste acima. O mais chato foi acertar o óculos em si. Tem vários templates disponíveis, eu peguei o do The Paper Project e imprimi em sulfite 120g/m². O difícil é que ninguém explica direito de que o celofane colorido tem que bloquear por completo uma das imagens filtradas. Tive que colocar três pedaços de celofane vermelho para conseguir bloquear o ciano, além de dois azuis para bloquear o vermelho. Fica a dica para quem quiser tentar: no Paper Project tem uma explicação da composição, é só usar essas imagens para ver se o celofane (ou várias camadas) dão o efeito desejado.

Agora tem que descobrir um programa de Linux que suporte mais de uma webcam :).

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Blog Novo

Um assunto que vira e mexe é assunto aqui acaba de virar um blog próprio. Inaugurei hoje o Jogos Mofados (http://jogosmofados.blogspot.com), para discutir jogos antigos e seu legado do ponto de vista do desenvolvimento e evolução dos jogos. Visitem e assinem o RSS :).

domingo, 9 de maio de 2010

O Fim do Ferreomodelismo como o Conhecemos?

Uma das discussões mais recorrentes no meio de ferreomodelismo é a perda da relevância do hobby. As causas exatas são difíceis de analisar em conjunto, passam pelo custo, espaço requerido e chegam até mesmo no trabalho envolvido, bastante razoável (por exemplo, os modelos do Serrinha e da Heineken levaram uma semana e meia a toque de caixa). Porém, os efeitos são bem conhecidos, é difícil você ver o surgimento de novos praticantes. Culpa-se de tudo, principalmente internet e videogames nos dias de hoje, como na década de 60 deviam culpar a TV e o rock'n'nroll.

Um ponto chave, proposto por dois conhecidos recentemente, é mostrar ao jovem que há mais na vida além de videogame e internet. Verdade, há esportes, literatura, cinema, saídas no fim de semana, etc. Não cola tentar combater internet e videogame porque "atrofiam" o cérebro (opinião média dos ferreomodelistas, diga-se de passagem), porque temos dezenas de outras atividades que fariam o mesmo. É deplorável tentar travar esse combate, porque ele praticamente já está decidido e a coisa não é bonita para o meu lado ferreomodelista.

Aí entra um ponto que considerei recentemente e que a maioria torce o nariz, mas eu defendo mesmo assim. Pessoalmente acredito que o ferreomodelismo como hobby irá continuar, mas não será o ferreomodelismo como praticamos hoje. Aliás, arrisco um prognóstico de que a geração que está entrando agora talvez seja a última a praticar ferreomodelismo dessa forma, manipulando miniaturas reais. Digo isso porque o modelismo ferroviário quando criado, seja lá por quem ou onde, tinha apenas uma alternativa de reproduzir a realidade: fazendo em escala o que se via na realidade. Não existia outra maneira, era isso ou nada.

Como sou da área de computação, trabalhei com computação gráfica, realidade virtual e jogos, penso que, por mais que eu goste de modelar miniaturas, é algo que cada vez faz menos sentido. Hoje temos como reproduzir a realidade em um modelo tridimensional no computador de maneira bastante realista, com detalhes que nunca seriam possíveis nem mesmo em escalas grandes. Tem até mesmo a possibilidade de se colocar elementos ativos no cenário que nunca conseguiríamos colocar numa maquete tradicional. Na maquete tradicional os pedestres são chatos, ficam parados, como estátuas na praça. Num simulador de RV podemos fazê-los andar, esperar o semáforo/trem para atravessar e até mesmo embarcar no trem, quem sabe cumprir um itinerário casa/trabalho/padaria/casa.

Aí vem a reclamação de que "não é a mesma coisa".  Não é mesmo, nem é pra ser. Podem dizer que não dá para pegar, mas o orgulho do ferreomodelista é operar o trem sem tocar, fazendo com que ele realize as manobras da maneira mais parecida com a real. Praticamente, não haveria diferença nesse ponto numa maquete "virtual" (porque simulado até as tradicionais são). Mesmo quando diz-se que não envolve marcenaria, pintura, etc, tem o ponto de que as habilidades envolvidas são completamente diferentes. O conhecimento para manipular as ferramentas de um simulador computacional para obter um resultado excepcional é tão complexo como o para fazer uma miniatura "real". Não é porque a técnica é diferente da tradicional que ela deixa de ter valor ou ser complexa.

Nisso eu enxergo algumas possibilidades interessantes. Iniciativas como o open source e creative commons seriam uma oportunidade de se produzir conteúdo ferroviário como nunca antes visto, com esforços de colaboração grandes, dando acesso a muita gente, seja como "modelista" ou "rodador de trem". Pode parecer uma viagem minha, mas depois que lançaram o Train Simulator e o Trainz, o caminho inicial foi dado. Agora é saber como a comunidade vai caminhar, se para a extinção lenta ou para a adaptação em algo compatível com os recursos disponíveis nos dias de hoje. De quebra, poderíamos até dizer que ferreomodelismo seria um hobby "sustentável" e ecologicamente correto, afinal, um CD ou pendrive poderia levar a maquete para qualquer lugar.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Ubuntu 10.04 - LTS - Lucid Lynx

Instalei o novo release do Ubuntu. Depois da decepção da versão 9.1, que não trouxe nada de novo (e não rodava bem no meu desktop), essa nova versão supera as expectativas. Começa pelo tempo de instalação e boot, praticamente recordes. O boot, aliás, merece destaque, é de longe o SO moderno que carrega mais rápido. Eu passo mais tempo vendo a sequência de POST inicial do computador do que esperando o 10.04 carregar.

O tema default tem uma cara interessante, mas posicionar os botões de maximizar e fechar o programa ao lado esquerdo da janela é muito estranho, então acabei voltando ao Clear Looks, o meu tema de escolha. Continua o conflito do compiz com a OpenGL, então tive que desativar os efeitos especiais de janela, mas nada que faça falta (eu desligaria de um jeito ou de outro mesmo) e seja defeito do SO, é problema de terceiros, infelizmente (se fosse do Ubuntu, a Cannonical já tinha resolvido).

A parte multimídia continua excepcional, especialmente com o wrapper para instalar o plugin 32 bits do flash em máquinas 64 bits. Sim, dava pra fazer isso antes, mas na mão, agora é tudo a partir do próprio Firefox e integrado ao Synaptic. O Rhythmbox funciona bem como indexador de MP3, agora integrado a uma loja de músicas online, a Ubuntu One, apenas com músicas livre de DRM (yeah!).


A integração com redes sociais é forte no SO, se bem que pessoalmente não me interessa (sério), então não testei bem (só usei MSN e olha lá). Suporte a impressoras e outros dispositivos continua show, pendrive monta sozinho, etc. Enfim, um SO completíssimo, funcional e livre, que de quebra ainda consegue rodar alguns jogos do Windows por emulação. Como usuário desenvolvedor, não tenho nada a reclamar, só a recomendar. É um SO pronto para o público mainstream, que só não é adotado porque a nossa cultura ainda é de usar SO Microsoft, nem que seja copiando o mesmo (o que a maioria faz).

Para quem se interessar, dá para baixar no site oficial do Ubuntu um CD que permite testar o SO sem instalar nada, com um ícone prático de instalação na área de trabalho :).

domingo, 2 de maio de 2010

2º Encontro de Ferreomodelismo

Ontem foi o dia do 2º Encontro de Ferreomodelismo, promovido pela Serra Verde Express e Passatempo Modelismo. Evento legal, muita gente, nem imaginava que a região metropolitana de Curitiba tivesse tantos ferreomodelistas e simpatizantes.

Vista "aérea" da parte das maquetes

Eu acabei participando com dois modelos da Serra Verde Express, os carros da Turma do Serrinha e da Heineken, logo do início da operação da Serra Verde no trecho Paranaguá-Curitiba. Os decalques, claro, foram fabricação própria :). Ficaram em 2º e 3º colocados no concurso de Carros de Passageiros e Litorinas, categoria iniciantes.


Como eu quis fazer algo mais detalhado do que o modelo original da loja, abri a porta lateral (tem no da loja mas não tem no real), coloquei escada de embarque e a porta que dá acesso a plataforma de embarque. Além disso, modifiquei a testeira para ficar mais próxima a do vagão real.


Claro, teve "viagem inaugural" na CFSL, composição especial tracionada pela locomotiva "oficial" da mesma. Agora que eu me animei, dá pra desengavetar uns projetos mais antigos.