quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Tapa-Olho

Vi hoje uma entrevista com um diretor da Receita Federal comentando a atuação na fronteira com o Paragüai, reduzindo a entrada de produtos piratas no país. Por consqüência, de acordo com o representantem isto estaria diminuindo a pirataria no país. Porém a verdade é que a entrada de produtos piratas via Paragüai reduziu por si só. Hoje é mais barato e prático fazer a pirataria aqui no Brasil. Um sujeito com um gravador de DVD 8X é um pirata potencial. Basta ver na frente dos bancos, barracas de camelôs e outros, é tudo feito por aqui mesmo.

Outro argumento falho na mesma entrevista é a de que a pirataria causa perdas de tal montante na indústria. Por mais que eu seja contra a pirataria para valorizar o trabalho (o que eu gosto tenho o original), num país como o Brasil, em que quase metade da população vive de auxílio de bolsa do governo, é difícil dar prioridade a um supérfluo de R$30,00 frente a uma cesta básica. Continua sendo vergonhoso o sujeito que vai numa balada e gasta R$50,00 em consumação, mais o estacionamento, motel e etc, ficar reclamando do preço de CD e DVD original, mas fica difícil imaginar todo o consumo pirata revertendo em compra legítima.

O problema maior, claro, não é exclusivamente sócio-econômico. Pra variar, está na cultura do nosso povo. É a lei de Gerson no seu estado mais primitivo. Contra isso, não tem Receita Federal que dê jeito. Aliás, fazendo uma análise curiosa, será que os filhos do pessoal da Receita Federal tem um PS2 em casa?

2 comentários:

Piovezan disse...

Mudando de mala pra cuia, aí em Curitiba a balada completa custa só isso? Tou me mudando já! :D

PV disse...

Motel não é parte da balada Pio. É do pós balada. E depende também da quantidade de sangue no seu álcool.