Blaz Blue - Calamity Trigger: finalmente um jogo de luta diferente, que não segue a mesmice do padrão solidificado por Street Fighter II e King of Fighters. A Arc Systems, a mesma de Guilty Gear XX, acerta a mão em cheio no primeiro jogo de luta 2D em alta definição (720p), com visual anime de primeira e trilha sonora metal de Daisuke Ishiwatari (o mesmo de GGXX). Da escolha acertada do visual, com cores vibrantes (lembra o Melty Blood nesse ponto), ao sistema de golpes próprio, o jogo tem tudo para se tornar uma franquia digna de suceder o Guilty Gear.
Trailer japonês.
Ao invés de se basear simplesmente em movimentos mirabolantes no controle (que quase ninguém consegue fazer mesmo), BlazBlue aposta em um sistema mais intuitivo, no qual o movimento atual influencia a ação que é realizada na seqüência. Exemplo: ir para a frente e apertar o botão C normalmente dá um golpe, porém fazendo isso no meio de um chain drive (outro movimento do jogo) resulta em um golpe diferente. Claro, ainda tem um golpe ou outro que necessita de uma seqüência estilo meia-lua no jogo, mas nada que se compare ao que se vê na concorrência. Ponto para a Arc System que pensou nos probre mortais que não tem um controle arcade em casa, os golpes especiais, baseados no heat dos personagens, podem ser acionados direto com o analógico direito, eliminando problemas sérios com os direcionais digitais não muito precisos.
Partida online.
A galeria de personagens é respeitável para uma franquia nova, 12 jogáveis no total, incluindo no meio até mesmo uma meleca esquisita com golpes pra lá de bizarros. Visualmente o jogo é um espetáculo, não devendo nada a outros do gênero. A animação dos personagens é competente, com uma fluência adequada para o gênero (comparar com 3D é covardia). Curioso é a escolha dos personagens desenhados em 2D, já que todo o cenário é em 3D, no melhor estilo Dead or Alive. Curioso por causa do Battle Fantasia, outro jogo da Arc Systems, ter personagens em 3D. Porém não tem como discutir a dificuldade, mesmo com a tecnologia atual, para dar o visual animação para os personagens em 3D de maneira tão eficiente como em 2D.
O jogo possui, além do já tradicional modo arcade, um story mode bem bolado, com múltiplos caminhos para todos os personagens até chegar ao verdadeiro final. Some isso a um modo online de competição, onde além de jogar pode-se assistir às partidas, e tem-se um jogo vencedor. De um mercado nicho, claro, mas certamente um jogo bastante recomendado. Pra terminar de falar bem do jogo, a trilha sonora em metal melódico é matadora, para ouvir no último volume.
O único ponto fraco do jogo é o tempo de carregamento. Não chega a ser um problema grave, mas seria mais inteligente carregar o jogo durante as firulas entre as lutas, do que apenas após passar o "personagem X contra personagem Y". Mas falando sério, se todo jogo tivesse só isso como problema, então teríamos poucos jogos ruins no mercado. PAra os interessados numa comparação direta entre as versões do PS3 e do 360, o Lens of Truth fez o serviço e a conclusão é que é indiferente, ambas as versões são ótimas.
Avaliação: se você curte jogos de luta, é obrigatório! Pra mim, só leva 9,5 porquê a continuação vai melhorar o que já é bom e colocar ainda mais personagens.
3 comentários:
Eu comprei esse jogo :)To esperando o Melty Blood Actress Again pro PS2 e o KOF XII pro PS3 :)
Ei, vai sair Melty Blood novo? Mas pra PS2? Sacanagem, não roda no PS3 americano e a chance disso sair nos EUA é ínfima :(.
Ah Marcio, depois me passa o teu nickname na PSN pra gente jogar BlazBlue um dia desses. O meu é pvwr.
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