Desde 2012, quando tomei um excelente Shiraz, que eu esperava a oportunidade de tomar um vinho Australiano da linha Promised Land. Pois recentemente recebi um aviso da SAQ que tinha um vinho Chardonnay novo da Promised Land, por tempo limitado. Ontem resolvi passar no SAQ de Candiac e comprei, pra garantir, duas garrafas. Uma eu tomei hoje e não me arrependo de ter comprado a segunda.
Wakefield Promised Land Chardonnay e a sua garrafa azul, muito bonita
Ele é um Chardonnay que me lembra, no teor alcóolico de 13,5%, o Wyndham State que tomei aqui. Porém, as diferenças são ainda maiores para um chardonnay tradicional. Além do terroir australiano, esse vinho é do tipo unwooded, fermentado em barris de aço inoxidável, ao invés de barris de carvalho. Isso evita a inserção de taninos no vinho, o que deixa o vinho, em teoria, mais fácil de beber para quem tem alergia a taninos. Porém a prática é bem diferente e, de todos os chardonnays que eu tomei, esse sem dúvidas é o menos fácil de beber sem nenhum acompanhamento.
Porém, vinho não é refresco, e o jeito certo de beber esse é comendo um bom prato de comida. Experimentei com três diferentes, começando com um espaguete carbonara. Não é a harmonização ideal (um pinot grigio seria o caso), em especial pela pimenta do reino no prato, mas desceu bem. Depois foi a vez de experimentar uma fatia de pizza de três queijos e uma variedade de queijos (castello, pleine lune e champfleury), onde a harmonização foi melhor, realçando o sabor dos queijos, sem competir com eles.
A segunda garrafa vou guardar para um outro prato, talvez a base de frutos do mar, ou frango, para ver como ele se sai. Mas vai ser para uma ocasião um pouco mais especial, já que o preço, para um chardonnay, passa um pouco do esperado para um dia comum. A $16.95CA a garrafa (nota, ele vende no celier do SAQ, não na prateleira normal), ele não compete no mesmo patamar que os italianos e californiano. Mas é um vinho com charme único para as ocasiões especiais. Resta torcer para que o SAQ comece a trazer ele regularmente para cá. Além de trazer o shiraz da Promised Land, claro.
Bônus: os mais atentos devem ter percebido que a etiqueta desse vinho tem a vínicola como Wakefield, enquanto que a etiqueta do shiraz tem a etiqueta como Taylor. Por questões de registro de marca, a Taylor negocia seus vinhos com o nome Wakefied no hemisfério norte, inclusive o site de ambas as marcas segue o mesmo layout e estilo, só troca o nome.