sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Não deve dar "Zeebra"

O Zeebo apareceu como promessa de renovação da Tec Toy, conhecida do pessoal mais velho como a fabricante dos videogames da Sega no Brasil. A idéia é relativamente original e acertada, jogos por download direto, via rede 3G da Claro, com custo baixo (de R$10,00 a R$30,00). O alvo, claro, são os países emergentes, aonde as grandes marcas (SOny, Microsoft e Nintendo) tem pouca presença, com foco no público casual, tentando repetir a fórmula de sucesso do Wii da Nintendo.

Aparentemente uma boa idéia, só que a prática tem se mostrado dura com a Tec Toy, deixando claro que uma idéia boa não é necessariamente uma idéia de sucesso. Mais triste ainda é que, lamentavelmente, nem tudo é culpa da Tec Toy. Esses dias teve uma entrevista tensa com o CEO da Tec Toy, apontando os jogadores hardcore como principais críticos o Zeebo, então Vamos aos fatos para ver até onde vai o buraco em que a Tec Toy se meteu.

O maior problema do lançamento do Zeebo é que, tirando o povo mais hardcore, pouquíssimas pessoas conhecem o aparelho. Não ficaria surpreso se você, lendo este post, tivesse contato com o aparelho pela primeira vez. Aonde foram parar as mega-campanhas do lançamento do Master System e do Megadrive? Claro, o dia das crianças está chegando e é provável que algum esforço aconteça. Mas quando só parte do público tradicional de games conhece você, é porque o marketing não está fazendo a lição de casa.

Em seguida vem o aparelho em si. Ser baseado na plataforma Brew da Qualcomm (para facilitar a conversão de jogos de celulares) indica o tipo de jogos a se esperar. Melhores que um PS1, mas inferiores a um PS2. Nada de mais, não fosse o sonho de consumo da molecada emergente ser justamente o PS2, que, por ironia do destino, custa um preço parecido. No Submarino, está por R$499,00 um Zeebo e R$519,00 um PS2. Isso no mercado oficial, então quem dirá no cinza, já destravado e com um controle extra (e uma seleção de jogos de "brinde"). Associe isso à cultura local com o PS2 (incluindo Winning Eleven), é fácil ver que o Zeebo tem muito chão pela frente para para ganhar o mercado. É chato, mas o Zeebo é caro até no México, aonde custa 2500 pesos e o PS2 custa 2599 com o Winning Eleven 2008 incluso.

Depois vem os jogos. Com raras exceções, são jogos convertidos de celular com poucas ou nenhumas melhoras. Mais uma vez o preço é um fator determinante, R$10,00 a R$30,00 para quem está acostumado a pagar R$10,00 no jogo pirata de PS2, com valores de produção elevados, não é atraente. Claro, os do Zeebo são originais, só que o comprador leigo vai no camelô e vê um jogo muito melhor por R$10,00 e não pensa duas vezes para tomar uma decisão. É um problema cultural, mas é fato que enquanto o jogador casual tiver um preço igual por algo melhor, ele vai estar se lixando se é pirata ou original. O curioso é que a proposta do Zeebo é colocar um console aonde as produtoras possam ter receita em países em que a pirataria come solta, já que não há mídia e os jogos vem por rede aberta. Só que a cultura já instalada não deixa isso funcionar. Seria muito mais fácil o Zeebo pegar em um lugar civilizado, com baixa pirataria, do que no Brasil, México ou China.

Em resumo, a situação é ruim porque:
  1. Quem é hardcore mesmo quer um PS3 ou um XBox 360 e vai passar longe do Zeebo.
  2. Quem é casual e tem um pouco mais de dinheiro, compra um Wii por ser mais "maneiro" no momento.
  3. Quem tem orçamento modesto vê o PS2 com bons olhos por ser bom e barato, com muitos bons jogos.
  4. Quem tem pouquíssimo orçamento, compra um clone de Nintendinho com 300 jogos na memória por menos de R$100,00.
Fica difícil enxergar o que sobra de segmento de mercado para comprar um Zeebo. Descarto aqui os que compram "pela causa", para prestigiar a Tec Toy, ou então para "ter todos os consoles em casa". A questão é, qual segmento se apaixonaria pelo videogame a ponto de sequer pensar em outro? É essa a pergunta que a Tec Toy vai ter que responder a curto prazo se quiser que o Zeebo decole como negócio. Acredito que a plataforma seja viável, mas se a coisa continuar como está, o futuro da Zeebo Inc. vai ser pior que tela de Game Over.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Animal, simplesmente animal!

O que poderia ser só mais um vídeo de fãs homenageando jogos clássicos é, na verdade, um dos mais bem feitos vídeos em stop motion com Lego. Se não for o mais bem feito, deve ser o mais criativo. A escolha do tema, a geração 8 bits de jogos, representada pelo Commodore 64 (o C64) e o NES, é simplesmente perfeita. O fator nostalgia só aumenta com a música, composta para soar como um chiptune e remete direto às músicas da demo scene européia dos anos 80/90. Chega de falatório, assista e dê 5 estrelas ao vídeo. Porque o 8 Bit Trip vale a pena ser visto mesmo.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Nem cachorro, nem gato ...

Bicho de estimação bom para a casa é coelho. Razões?
  1. Come o mato da grama e dos cantos da calçada.
  2. Não incomoda: não faz barulho, não foge de casa e não avança nas visitas.
  3. Come pouca ração.
  4. A ração custa pouco, 20kg custa pouco mais que R$20 e dura mais de dois meses.
  5. Defeca sempre no mesmo lugar (sério).
  6. Não suja a calçada com dejetos.
  7. As crianças adoram.
  8. O teu filho vai se sentir o maioral dizendo de boca cheia "tenho um coelho em casa" para os amiguinhos.
Continuo gostando de gato e cachorro. Mas é um fato que coelho me surpreendeu como animal de estimação.

domingo, 9 de agosto de 2009

Forma vs Conteúdo

O Pio num twit interessante sobre metodologias ágeis me fez lembrar de um assunto interessante. Hoje em dia, uma empresa de software valoriza mais a forma do que o conteúdo. Não importa se o sistema for simplesmente uma agenda para a produção de pão em uma padaria, o mercado valoriza tanto a reusabilidade de código, a documentação, o plano de testes, a infra-estrutura utilizada e 2000 páginas de documentação que, no final, a funcionalidade única do sistema fica em segundo plano.

Longe de defender uma metodologia anárquica, porém organização por si só não garante boas coisas, afinal, ela deve ter um objetivo maior. E é aí que eu vejo alunos entrando de cabeça em todo esse aparato sem se preocupar que isso é acessório para realizar uma tarefa bastante concreta e que existe no mundo real. Não adianta dezenas de boas práticas se no fundo não se conhece bem o negócio que se quer modelar. Dificilmente o cliente reclama que o sistema trava, mas sim que ele não faz o esperado. E não tem boa prática de projeto ou infra-estrutura de servidor que resolva isso.

Acho difícil sair dessa espiral descendente em que se mede qualidade de software com métricas que são dissociadas do objetivo do software em si. Afinal, uma empresa de software é tocada por administradores que não sabem diferenciar um documento Word de um programa Hello world!, mas é preciso pelo menos colocar na cabeça do pessoal que sai da universidade de que software é negócio, mas não nosso, é negócio do cliente e que nenhuma metodologia vai conseguir sozinha traduzir isso para um sistema. Por mais simples que ele seja.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Aleluia!

Até que enfim, um ambiente de desenvolvimento para Linux legal, que consegue depurar um programa SDL multi-thread sem aperto: Netbeans. Quem diria que o ambiente Java mais caprichado iria, também, ser uma boa pedida para programar C/C++? Projetos organizados de maneira clara e simples, configurações intuitivas, projetos com referência relativa aos arquivos e integração perfeita com o gdb. Falta chão para chegar no Visual C++, mas o suporte a C/C++ dá de 10 no Eclipse (que pra mim já leva de 10 quando o assunto é Java).

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Monstruoso

Estou criando um monstro: o Angelo acabou o BlazBlue sem ajuda, usando só um continue. Foi no beginner, mas considerando que ele ainda vai fazer 4 anos, não tira o mérito.

Em resumo, PV em momento pai nerd orgulhoso :). Moral da história: nuca mais começo um jogo no easy/beginner de hoje em diante :P.

Servidor Público Federal

Lá na UFPR :). Depois de escutar vários "semana que vem", enfim saiu a minha nomeação em diário oficial, seguida da minha posse sumária. Comemorei com uma garrafa de Merlot da Cousino Macul e uma pizza no capricho :). Tudo graças à PUC, que não quis me dar uma vaga em programa de pesquisa, deixando tudo na política da casa. Melhor pra mim, que agora trabalho num lugar melhor ;).

Parece piada, mas tá em segundo mesmo ...

Lendo algumas notícias de Fórmula 1, me chamou a atenção um comentário irritado do Barrichello, em relação a um twit de um dos humoristas do Pânico. O twit ia mais ou menos assim, "procura Twitter no Google a adivinha quem chega em segundo". Só de festa fui lá e testei ...



Só coloquei a imagem porque, se me contassem, só ia acreditar vendo. Pode render piadas infames, mas fala sério, tá popular o Barrichello para superar qualquer outra coisa relacionada a Twitter no Brasil (Google faz busca com contexto na região, não se esqueçam).

Maison, Sucrée Maison

Legal, atualizaram o Google Earth com fotos de maior resolução, mais recentes (mal tem 2 meses) e com sol em Curitiba (baita sorte). Tem o novo muro (que já tem quase dois anos e meio) e a casinha das crianças no quintal :). Só faltou aparecer alguém da casa na foto, aí eu cobrava royalties ;).